MONITORAMENTO

Take Blip compra Stilingue

26/01/2022 15:10

Aquisição veio após empresa de mensageria perceber uma demanda dos clientes pelo novo serviço.

Rodrigo Helcer, CEO da Stilingue. Foto: divulgação.

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A Take Blip, empresa mineira que desenvolve sistemas de mensagens e chatbots, anunciou a aquisição da Stilingue, plataforma especializada no monitoramento de redes sociais com inteligência artificial.

Segundo o site Brazil Journal, o valor da transação, que terá uma parte em dinheiro e outra em ações, não foi revelado.

A Stilingue foi fundada em 2014 por Rodrigo Helcer (CEO), Milton Stiilpen (CTO) e Brayan Neves (head de dados), que se conheceram em uma Campus Party.

Na época, Stiilpen e Neves tinham acabado de desenvolver uma tecnologia que usava processamento de linguagem natural (NLP, na sigla em inglês) para resumir notícias de jornal em um parágrafo.

Helcer, que tinha background em consultoria e marketing, se interessou pelo produto. Dias depois, a Stilingue começou a ganhar corpo e foi fundada em Ouro Preto, Minas Gerais.

A startup desenvolveu uma inteligência artificial que permite monitorar tudo que está sendo dito sobre as empresas nos canais públicos, como notícias, comentários nas redes sociais e reviews de apps.

A ferramenta extrai insights desses dados, inferindo, por exemplo, se os comentários são positivos ou negativos.

Para ter o serviço, os clientes pagam uma assinatura mensal que varia de acordo com o volume de monitoramento de dados e dos módulos contratados.

Há um módulo só de texto, outro de texto e imagem e startup está desenvolvendo uma solução para conseguir monitorar e obter insights de vídeos.

Em 2019, a companhia recebeu um aporte de R$ 18 milhões liderado pela DGF Investimentos e Bridge One.

Hoje, a Stilingue atende 200 clientes, entre eles Azul Linhas Aéreas, Cacau Show e Creditas. A empresa teve receita recorrente (ARR) de R$ 50 milhões no mês passado.

Segundo a Take, a solução da Stilingue era uma grande demanda dos seus clientes, que queriam contratar um único prestador que fornecesse tanto os chatbots e interação com os clientes quanto o monitoramento.

“O futuro do CRM vai ser a capacidade da marca de monitorar seus clientes, entender o que é relevante para eles e interagir em tempo real. Para isso, precisamos trazer não só a conversa individual mas também o contexto do mundo público, transformando tudo isso em inteligência que permita melhorar as interações”, destacou Roberto Oliveira, CEO da Take Blip, ao Brazil Journal.

Além de adicionar o produto ao seu portfólio, a compradora aumenta em 15% sua receita recorrente. A expectativa é fechar o ano com um ARR de pelo menos R$ 600 milhões, batendo a marca simbólica de US$ 100 milhões de receita anual — patamar mínimo para um IPO nos Estados Unidos.

A Take Blip tem uma base de 2,2 mil clientes, incluindo nomes como Itaú, Localiza, General Motors e Claro.

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